segunda-feira, 24 de junho de 2013

domingo, 16 de junho de 2013

EM APOIO AOS PROTESTOS !

 
Dedicada a mídia, aos governos, e aos reacionários! ;)

#ProtestoRJ #ProtestoSP
 
 
Pra onde estamos indo enquanto sociedade neste país? Falo a gente, porque não dá para se isentar e tirar o corpo fora do que está acontecendo. Afinal, tudo é um reflexo de nossos pensamentos, atitudes e medos. Sinto uma vergonha imensa ao ver meus colegas feridos, meus amigos espancados, as pessoas na rua tentando passar e sendo sufocadas por gás. Não há justificativa pra tanta intolerância, e o bicho é bem maior do que os eventos. A repressão violenta da polícia nas manifestações que aconteceram ontem em São Paulo e em todo país é só o topo do iceberg. O que se esconde por baixo disso é o que me deixa morrendo de medo. Será que falamos mesmo o que pensamos? Será que estamos mesmo em uma sociedade democrática? Não acho que isso tudo seja apenas por 20 centavos. Acho que o descontentamento é com essa caretice e essa aura reacionária, atrasada, emburrecedora que vem nos assolando nos últimos anos...
Sei que acredito na palavra e na coragem das pessoas que foram às ruas e deram a cara ao tiro de borracha, e estou cem por cento com elas. Afinal, não podemos dar credito algum às justificativas da polícia e dos políticos.

 
 
 
"A cena mais bonita da manifestação em São Paulo, JAMAIS será capa de um jornal da Globo, porque se for, acaba com os acordos sujos que existem desde a Ditadura Militar."

PS:. quem gostar da postagem, compartilhe. Pode parecer pequeno um simples compartilhamento, mas na verdade, é de grande significado para um Brasil que está acordando. Use a Hashtag: #BrasilAcordou
 

A GOTA QUE FALTAVA


 
 
Para entender melhor o que está acontecendo na rua, imagine que você é o presidente de um um país fictício. Aí você acorda um dia e resolve construir um estádio. Uma “arena”.
O dinheiro que o seu país fictício tem na mão não dá conta da obra. Mas tudo bem. Você é o rei aqui. É só mandar imprimir uns 600 milhões de dinheiros que a arena sai.
Esses dinheiros vão para bancar os blocos de concreto e o salário dos pedreiros. Eles recebem o dinheiro novo e começam a construção. Mas também começam a gastar a grana que estão recebendo. E isso é bom: se os caras vão comprar vinho, a demanda pela bebida aumenta e os vinicultores do seu país ganham uma motivação para produzir mais bebida. Com eles plantando mais e fazendo mais vinho o PIB da sua nação fictícia cresce. Imprimir dinheiro para construir estádio às vezes pode ser uma boa mesmo.
Mas e se houver mais dinheiro no mercado do que a capacidade de os vinicultores produzirem mais vinho? Eles vão leiloar as garrafas. Não num leilão propriamente dito, mas aumentando o preço. O valor de uma garrafa de vinho não é o que ela custou para ser produzida, mas o máximo que as pessoas estão dispostas a pagar por ela. E se muita gente estiver com muito dinheiro na mão, essa disposição para gastar mais vai existir.
Agora que o preço do vinho aumentou e os vinicultores estão ganhando o dobro, o que acontece? Vamos dizer que um desses vinicultores resolve aproveitar o momento bom nos negócios e vai construir uma casa nova, lindona. E sai para comprar o material de construção.
Só tem uma coisa. Não foi só o vinicultor que ganhou mais dinheiro no seu país fictício. Foi todo mundo envolvido na construção do estádio e todo mundo que vendeu coisas para eles. Tem bastante gente na jogada com os bolsos mais cheios. E algumas dessas pessoas podem ter a idéia de ampliar as casas delas também. Natural.
Então as empresas de material de construção vão receber mais pedidos do que podem dar conta. Com vários clientes novos e sem ter como aumentar a produção do dia para a noite, o cara do material de construção vai fazer o que? Vai botar o preço lá em cima, porque não é besta.
Mas espera um pouco. Você não tinha mandado imprimir 600 milhões de dinheiros para fazer um estádio? Mas e agora, que ainda não fizeram nem metade das arquibancadas e o material de construção já ficou mais caro? Lembre-se que o concreto subiu justamente por causa do dinheiro novo que você mandou fazer.
Mas, caramba, você tem que terminar a arena. A Copa das Confederações Fictícias está logo ali… Então você dá a ordem: “Manda imprimir mais 1 bilhão e termina logo essa joça”. Nisso, os fabricantes de material e os funcionários deles saem para comprar vinho… E a remarcação de preços começa de novo. Para quem vende o material de construção, tudo continua basicamente na mesma. O vinho ficou mais caro, mas eles estão recebendo mais dinheiro direto da sua mão.
Mas para outros habitantes do seu país fictício a situação complicou. É o caso dos operários que estão levantado o estádio. O salário deles continua na mesma, mas agora eles têm de trabalhar mais horas para comprar a mesma quantidade de vinho.
O que você fez, na prática, foi roubar os peões. Ao imprimir mais moeda, você diminuiu o poder de compra dos caras. Inflação é um jeito de o governo bater as carteiras dos governados.
Foi mais ou menos o que aconteceu no mundo real. Primeiro, deixaram as impressoras de dinheiro ligadas no máximo. Só para dar uma ideia: em junho de 2010, havia R$ 124 bilhões em cédulas girando no país. Agora, são R$ 171 bilhões. Quase 40% a mais. Essa torrente de dinheiro teve vários destinatários. Um deles foram os deputados, que aumentaram o próprio salário de R$ 16.500 para de R$ 26.700 em 2010, criando um efeito cascata que estufou os contracheques de TODOS os políticos do país, já que o salário dos deputados federais baliza os dos estaduais e dos vereadores. Parece banal. E até é. Menos irrelevante, porém, foi outro recebedor dos reais novos que não paravam de sair das impressoras: o BNDES, que irrigou nossa economia com R$ 600 bilhões nos últimos 4 anos. Parte desse dinheiro se transformou em bônus de executivo. Os executivos saíram para comprar vinho… Inflação. Em palavras mais precisas, o poder de compra da maioria começou a diminuir. Foi como se algumas notas tivessem se desmaterializado das carteiras deles.
Algumas dessas carteiras, na verdade, sempre acabam mais ou menos protegidas. Quem pode mais tem mais acesso a aplicações que seguram melhor a bronca da inflação (fundos com taxas de administração baixas, CDBs que dão 100% do CDI…, depois falamos mais sobre isso). O ponto é que o pessoal dos andares de baixo é quem perde mais.
Isso deixa claro qual é o grande mal da inflação: ela aumenta a desigualdade. Não tem jeito. E esse tipo de cenário sempre foi o mais propício para revoltas. Revoltas que começam com aquela gota a mais que faz o barril transbordar. Os centavos a mais no ônibus foram essa gota.
 
 
Revista Superinteressante
Alexandre Versignassi 12 de junho de 2013
 

quarta-feira, 12 de junho de 2013







"Feliz dia dos namorados a todos que estão amando, apaixonados, que se sentem amados, que sabem amar, que sabem dividir, que fazem questão do outro, que não traem, que pensam no futuro, que não enrolam o outro, que sabe entrar e sair de uma discussão sem deixar feridas, que ao invés de presentes caros e declarações de amor vazias demonstram o seu amor.
Viva o amor!




quinta-feira, 6 de junho de 2013





“O que dissemos um ao outro, com os simples olhos, não se escreve no papel, não se pode repetir ao ouvido; confissão misteriosa e secreta, feita de um a outro coração, que só ao céu cabia ouvir, porque não eram vozes da terra, nem para a terra dizíamos. (…) nos unimos (…); nenhuma vergonha, nenhum receio, nenhuma consideração deteve essa fusão de duas criaturas nascidas para formar uma existência única.”